Título da redação:

A eliminação da água parada é a solução?

Tema de redação: A eficácia das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti

Redação enviada em 16/04/2016

O Brasil, por ser um país tropical, cria um ambiante perfeito para a proliferação de doenças. A varíola, por exemplo, causou intensos problemas no âmbito social e foi a responsável pela eclosão da Revolta da Vacina no ano de 1904. Atualmente, o panorama volta-se ao mosquito Aedes Aegypti, principal vetor de várias enfermidades. Muitas ações foram realizadas para o seu combate, todas sem sucesso efetivo. Sendo assim, por que essas medidas não resolveram o problema? E quais os impactos na sociedade? Há quem ache que medidas como: virar garrafas vazias, fechar a caixa d'água e limpar as calhas são ações eficientes de combate ao mosquito. De fato, elas ajudam, entretanto, estão longe de serem as mais eficientes. Prova disso, são os crescentes incentivos a esse tipo de combate, o qual ocorreu durante décadas no Brasil, sem, todavia, resultar na diminuição significativa desse artrópode, mesmo a população tendo feito a sua parte. A explicação para isso dá-se pelo fato de ser impossível eliminar todos os focos de reprodução desse inseto em ambiente urbano, pois, existem incontáveis lugares em que a água pode se acumular, muitos deles fora da visão e alcance humano. Dessa forma, outras medidas de combate devem ser usadas. Em decorrência da baixa eficiência na eliminação do Aedes, doenças como Zika, Dengue e Chikungunya, as quais são transmitidas por ele, alastram-se pelo país. Dessa forma, milhares pessoas com os sintomas desses vírus superlotam hospitais, sobrecarregando o sistema de saúde, o qual já passa por diversos empecilhos. Somando-se a isso, o Zika vírus é responsável por inúmeros casos de microcefalia em bebês, agravando mais ainda a delicada situação deste problema nacional que anseia por medidas duradouras e eficazes. Diante dessa problemática, faz-se necessário que o Governo Federal invista em outros meios de luta contra o mosquito, principalmente por intermédio da utilização da tecnologia da engenharia genética, na qual é possível criar mosquitos machos geneticamente modificados que, após a cópula, geram uma prole totalmente inofensiva, pois não conseguem voar. Para complementar essa ação, a população deve manter as medidas de eliminação de água parada, de forma a ajudar no combate, e os institutos de saúde devem investir em pesquisas, com o propósito de criar vacinas funcionais aos vírus, para, desta forma, além de eliminar o vetor causador, eliminar o agente etiológico das doenças.