Título da redação:

Reciclagem

Tema de redação: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 17/08/2017

Se na ficção o Dr. Frankstein junta partes humanas para criar um ser e torná-lo vivo, na vida real especialistas usam essas para manter outras pessoas vivas. Era de se esperar que em um país de terceiro mundo, como é classificado o Brasil, o transplante de órgãos não acontecesse por falta de estrutura, entretanto, esta não é uma adversidade, mas sim a falta de conhecimento familiar a respeito da opinião do doador e, por muitas vezes, a religiosidade, são. A doação encontra seu maior desafio no núcleo familiar. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, 47% das famílias se negam a doar os órgãos de seu parente. Por vezes, isso ocorre devido à ausência de provas que mostrem a vontade de ser ou não um doador, os familiares, então, por receio tendem a negar o pedido. Além disso, as poucas confabulações sobre o tema impossibilitam até mesmo que amigos próximos saibam sobre os lados tomados pelo possível concessor. Ademais, não apenas seus ancestrais como também a religião a qual pertencem, limita o processo. É inquestionável a existência de seitas que ao seguirem tradições ortodoxas, e às vezes extremistas, agem como barreiras e impedem que os transplantes aconteçam, caso que reflete diariamente em baixas humanas em hospitais nacionais e internacionais. Portanto, embora a doação de órgãos seja um meio de aumentar a expectativa e a qualidade de vida de muitos pacientes, sua efetividade só se concretizará quando algumas providências forem tomadas. Sendo assim, cabe ao Ministério da Saúde propagar conhecimento e fomentar discussões em relação ao procedimento, seja por meio de propagandas na televisão, ou até mesmo nos corredores hospitalares. Deve-se também conscientizar as pessoas de maneira a serem mais flexíveis acerca de suas crenças. Dessa forma, será possível que a sociedade se recicle, de forma metafórica e literal.