Título da redação:

Raros Solidários

Tema de redação: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 29/08/2017

Após a Primeira Guerra Mundial, houve na Alemanha, a ascensão do Nazismo, política extremista e xenofóbica que dizimou judeus, negros e homossexuais do país. Entretanto, aconteceu,entre tantos horrores, uma contribuição para a medicina, o transplante de órgãos. Nos campos de concentração, médicos testavam em negros mudanças nas cores de pele e olhos. Os experimentos eram precários, contudo, impulsionaram a saúde mundial avançar. Em relação aos desafios da doação de órgãos no Brasil, é importante salientar que as filas para o transplante sempre existirão, mas com uma boa estrutura hospitalar e ao acompanhamento psicológico da família, a dinamização do processo ficaria ágil e reduziria a espera do paciente. No ano de 2015, o Brasil apresentou mais de 23.500 cirurgias de transplante de órgãos, sendo sua significante maioria realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse âmbito, o programa governamental alcança o objetivo principal de sua filosofia e melhora a qualidade de vida populacional brasileira. Porém, as infraestruturas dos hospitais são de média baixa e não oferecem aos pacientes a comodidade e atendimentos humanizados. Há falta de médicos, enfermeiros e psicólogos, além de aparelhos e utensílios para as cirurgias. Segundo o filósofo grego Aristóteles, o homem é um ser social. Sobre esse aspecto, a família do doador apresenta, em sua maioria, relutância à doação de órgãos, devido ao momento delicado em que se encontram ou por questões religiosas. Muitas vezes, cabe a família assinar o acordo, todavia é possível para muitas pessoas, em vida, deixarem uma notificação escrita com seus entes, para uma possível morte encefálica, autorizando a doação de seus órgãos. Isso favorece a aceitação da família e contribui para uma nova vida saudável seguir bem. Medidas são, portanto,necessárias para a solução do impasse. O Governo Federal, juntamente com empresas privadas, devem oferecer qualidade em estrutura e serviços com seus pacientes e acompanhantes para reduzir, ao máximo, a fase sensível. Ademais, debates em escolas e universidades, em conjunto com a comunidade médica, poderiam conscientizar estudantes, pais e sociedade da importância e significação da ação em doar, com a mídia auxiliando em massa esse processo. Dessa forma, será possível, ainda mais, melhorar o sistema de saúde brasileiro e construir uma sociedade solidária e comunitária.