Título da redação:

Para uma melhor qualidade de vida

Tema de redação: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 31/10/2017

A Revolução técnico-científica, no século XX, representou o marco do avanço da medicina no mundo, na medida que possibilitou o desenvolvimento de novos procedimentos e tratamentos médicos. Todavia, o que se observa na sociedade atual é um revés, visto o déficit no número de doadores de órgãos no Brasil, o que se mostra como uma barreira para esse progresso e à qualidade de vida de muitos cidadãos. Nesse sentido, deve-se analisar as causas dessa problemática para que sejam propostas medidas interventivas eficazes. A princípio, é importante ressaltar a pouca divulgação sobre o processo de doação de órgãos no país. Segundo o sociólogo Anthony Giddens, “somos influenciados pelas estruturas sociais”. Logo, percebe-se que a mídia, principalmente, tem um grande poder de persuasão, uma vez que ela utiliza das mais variadas técnicas apelativas, além de ter um grande alcance no corpo social. Não obstante, esses grupos midiáticos, majoritariamente, usam suas ferramentas voltadas apenas para a indústria cultural, ou seja, a produção de conteúdo voltada apenas para a busca do lucro. Outrossim, é a falta de conhecimento que as pessoas têm quanto a esse tema. Tal fato corrobora de forma direta para o pouco número de doadores, já que o indivíduo, sem saber como o procedimento é realizado, prefere ficar na zona de conforto e não se declara para seus familiares como um doador. Dessa forma, caso esse sofra uma morte encefálica, sua família, por estar frágil psicologicamente, dificilmente autorizará a doação dos seus órgãos. Prova disso, são os dados do Portal R7, ao dizer que o número de doadores cresceu em 15%, mas a falta de informação é um empecilho para salvar mais vidas. Há de se considerar, portanto que o número de doadores no Brasil figura como um entrave. Assim, é pertinente que a mídia, por meio da TV, veicule campanhas governamentais incentivando a doação de órgãos com o uso de depoimentos de pessoas que foram beneficiadas desse ato solidário, no intuito de mostrar aos cidadãos que eles podem ser verdadeiros ‘heróis’ ajudando a salvar vidas. Concomitantemente, os CRAS (Centros de Referência em Assistência Social) de cada cidade, devem promover palestras em espaços públicos com a participação de especialistas no ramo, objetivando informar ao tecido social os procedimentos necessários à essa ação fraterna. Dessa maneira, teremos uma sociedade com o seu bem-estar garantido e com uma melhor qualidade de vida.