Título da redação:

Os desafios da doação de órgãos no Brasil

Proposta: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 12/09/2017

O primeiro transplante de órgão bem sucedido, foi feito em 1954 nos EUA, quando da doação entre irmãos gêmeos. Já no Brasil, essa prática se iniciou em 1964 no rio de janeiro, quando um rim foi transplantado. Desse período para os dias atuais, a medicina foi se aperfeiçoando cada vez mais, de maneira que medicamentos foram produzidos, técnicas aperfeiçoadas e infraestrutura adequada disponibilizada para amparar a população brasileira, uma vez que, o país possui uma necessidade muito grande de doadores. Dessa forma, o maior desafio para captação de órgãos acaba sendo a falta de informação e diálogo entre os familiares e uma logística adequada para o transporte. De acordo com as leis brasileiras, a doação de órgãos e tecidos pode ocorrer de duas formas: doador vivo desde que não haja prejuízo para o doador; e de um doador morto, que deve ser autorizada por escrito por um familiar, ou seja, por mais que seja a vontade do falecido, a doação só irá ocorrer com a autorização de um parente próximo. Logo, se não houver um diálogo franco entre o possível doador e seus familiares, o processo de doação não se realiza. Esta situação é verificada com base nos dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), que apresenta um aumento da recusa por parte dos parentes, quando são apresentadas as possibilidades de doações de órgãos do ente querido. Dessa maneira, torna difícil o trabalho das equipes técnicas que ficam responsáveis por esclarecer o processo e procedimento da doação, em uma tentativa de convencimento. Outro empecilho enfrentado trata-se da logística de transportes. Uma vez que, como os órgãos possuem um tempo limite para a doação, desde o momento da captação, translado até a chegada ao receptor, tem que ocorrer com a menor perda de tempo possível. Isto, em grandes centros, já se configura um problema, como foi noticiado pelo jornal O Globo, o qual informou das perdas de mais de 153 órgãos saudáveis, tanto por falta de aeronaves, quando requisitadas, quanto por falhas logísticas. São esses os registros feitos pela própria Força Aérea Brasileira (FAB) e pela Central Nacional de Transplantes (CNT), do Ministério da Saúde, unidade responsável por fazer os pedidos de transporte. Assim sendo, faz-se necessário divulgar melhor as informações acerca do procedimento e processos que levam a doação de órgãos. De maneira clara e objetiva, apresentar por meio de palestras ou campanhas midiáticas a realidade brasileira em torno da necessidade da doação, promovendo um diálogo dentro e fora do seio familiar, fazendo com que a sociedade entenda a possibilidade que há de socorrer muitas pessoas que estão padecendo das mais diferentes enfermidades, no qual um órgão que seria descartado poderia salva-la. No quesito da logística, parcerias com linhas aéreas da aviação civil poderiam ser ampliadas, promovendo maior abrangência na oferta de voos, em consonância com maiores investimentos por parte do ministério da saúde, destinando verbas para auxiliar frotas da FAB no transporte de órgãos.