Título da redação:

O receio em doar

Proposta: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 18/08/2017

Em 1954, era realizado no Brasil o primeiro transplante de córneas. O marco deu início a era das transfusões de órgãos no país, fato que gera a salvação de milhares de vidas até hoje. Dessa maneira, constata-se que as doações aumentaram ao longo do tempo, o que corrobora um cenário positivo. Todavia, a ausência de diálogo, acrescida à relutância familiar, ainda incide como um grande obstáculo nesse ato solidário, logo, a situação é agravada. É inquestionável que na sociedade brasileira atual a carência de diálogo familiar ainda é um grande tabu. Remete-se a isso a questão da cessão de órgãos dos entes já falecidos ou de pessoas com vida. Assim, muitas famílias não aceitam essa proposta por ser contra suas crenças religiosas, morais e principalmente por receio. Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a taxa de doadores efetivos aumentou 5% no Brasil no ano de 2016 em relação a 2015, porém continua abaixo do esperado. Infere-se a isso o temor das pessoas em doar órgãos, principalmente em casos não específicos, pelo fato de desconhecerem o receptor, condições hospitalares precárias e custo com medicamentos pós-cirúrgicos. Outrossim, a ausência de comunicação do membro no grupo familiar em demonstrar interesse de ser um doador depois da morte, incide diretamente no problema, pois não deixa os familiares cientes da decisão. Comprova-se, portanto, que a doação de órgãos no Brasil passa por entraves e medidas devem ser tomadas. O Governo Federal tem a incumbência de criar mais hospitais capacitados à transfusão de partes do corpo, bem como melhorar a estrutura dos já existentes, através da coleta de impostos. Ademais, cabe à escola pautar a situação nas salas de aula e promover debates, com o fito de instigar os alunos a conversarem com suas famílias a respeito do tema e da importância em doar. Desse modo, a população se tornará bem mais informada e solidária.