A morte do ser humano ocorre em duas ocasiões: quando o coração para de bater ou quando ocorre a morte encefálica (regularizada pela lei). Logo, nessas duas ocasiões, mas principalmente na segunda, os órgãos podem ser doados. No entanto, o desafios vêm da formação histórica brasileira e da relações interpessoais moderna. Em primeiro plano, A catequização colonial em território nacional influencia a negação das doações. Nesse sentido, mesmo laico desde a Proclamação da República com Deodoro da Fonseca, ou seja, sem religião oficial, o brasileiros são majoritariamente católicos, e para essa religião o corpo é muito importante até sagrado, guiando a escolha das famílias. Assim, essas negam a doação dos órgãos com respaldo religioso, como mostra a pesquisa da ABTO, Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, sem que quase metade das doações potenciai não concretizam-se. Ademais, a modernidade líquida impede o desenvolvimento de sentimento afetivos pelo próximo. Em suma, a tese de Bauman, fala da liquidez dos relacionamentos entre as pessoas na hodiernidade e por conseguinte, a individualização e distanciamento do ideário coletivo entre a população. Consequentemente, sem querer ajudar os outros que necessitam dos órgão e sendo uma tendência atual, como mostra o aumento de número de recusas em 6% de 2012 a 2013 da pesquisa da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. Ficam claro, portanto, os empecilhos às doações de órgãos na sociedade brasileira. Dessarte, a conversa familiar e a escola sendo disseminador de informação é necessário para a mudança. Nesse contexto, a escola deve fazer palestra com estudante de Medicina, especialistas no assunto, mostrando como uma pessoa sozinha pode ajudar várias pessoas doando vário órgãos e que qualquer um está sujeito a precisar de doações em algum momento da vida, e a conversa entre os familiares deve acontecer para que o desejo do possível doador seja mais importante que dogmas religiosos a fim de que o número de negações diminua.