De acordo com o ativista político Martin Luther King “toda hora é hora de fazer o que é certo”. Logo percebe-se que existe uma grande dificuldade na sociedade brasileira envolvendo a doação de órgãos. Nesse contexto há dois fatores que não podem ser negligenciados, como a concentração das equipes que realizam transplantes no Brasil e a falta de autorização das famílias para realizar a cirurgia. Segundo dados do Ministério da Saúde existem mais de mil equipes prontas para realizar cirurgias distribuídas pelo Brasil, mas há uma concentração dessa mão de obra no Sul e no Sudeste e quase nenhuma no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Como sempre as regiões menos favorecidas do nosso país, são sempre as mais esquecidas das políticas públicas adotadas pelos nossos governantes, fazendo com que elas continuem com essa dependência histórica do eixo Sul-Sudeste. Ademais convém frisar que o percentual de famílias que não aceitam que seu parente doe seus órgãos ainda é muito grande. Muito disso se dá pela imagem que o brasileiro tem do serviço público de saúde, esse atendimento muitas vezes precário e degradante gera desconfiança nos familiares do doador. Portanto medidas são necessárias para atenuar a problemática. É imprescindível que o Ministério da Saúde descentralize essa mão de obra qualificada, investindo mais através de cursos para qualificar trabalhadores para esse tipo de procedimento, além de maiores benefícios financeiros as equipes que trabalham nas regiões menos favorecidas. Além disso é essencial que o Ministério da Saúde com a ajuda do Governo Federal aumente o número de médicos através de programas como o Mais Médicos, além da construção de novos hospitais em busca de um melhor atendimento para que haja uma diminuição da desconfiança das parentes dos doadores de órgãos e assim diminuir a taxa de negativa familiar.