No Brasil, o “Sistema Único de Saúde” SUS, possui referência e reconhecimento internacional como sendo um dos melhores e maiores centros de recolhimento, transporte e de cirurgias de transplantes de órgãos do mundo. O programa de doação é um sucesso, haja vista que salva muitas vidas, mas mesmo com tudo isso, segundo dados da “Associação Brasileira de Transplante de Órgãos”(ABTO), milhares de pessoas estão na fila de espera pelo procedimento. Diante desta problemática, percebe-se que a falta de consciência sobre a importância de doar órgãos e a falta de informações de como o interessado em doar deve agir para conscientizar familiares se faz urgente na sociedade brasileira. No filme “Salvem minha filha”, exibido na Sessão da Tarde - na Rede Globo de Televisão mostra a jovem Katie descobrindo que possuía a necessidade de ter o fígado transplantado e que seus pais não eram compatíveis, portanto passou a pertencer aos muitos que esperam pela oportunidade de ter uma pessoa compatível. Para sorte de Katie durante os exames de sangue, descobriu-se que seu pai não era seu pai biológico, e assim sendo sua mãe vai a procura do pai biológico e este é compatível, doa à filha e tudo fica bem. No caso exibido o doador, realiza o transplante de forma simples e rápida, estando este vivo, podendo desfrutar do seu ato de solidariedade e vendo os resultados de seu ato, muitos podem fazer o mesmo, mas há pouca informação sobre o assunto e poucos sabem que é só se cadastrar como doador no SUS e ficar na espera por alguém compatível. No filme mostra uma realidade pouco provável nos nossos dias, mas que serve para que muitos se inspirem e queiram ser doadores de órgãos. Mas não basta querer, deve-se também buscar informações e esclarecimento para que essa vontade não fique só na vontade. É preciso se declarar e firmar esse propósito diante de seus familiares, pois serão eles que farão de seu desejo uma realidade no futuro. Haja vista, que diante da morte de um ente querido os familiares tendem ao sentimentalismo e até mesmo ao egoísmo, deixando de atender ao pedido feito em vida pelo interessado. É bom lembrar, que segundo o Ministério da Saúde, muitos dos declarantes não comentam com a família, causando assim um dos maiores entraves na execução das cirurgias nas pessoas que estão na lista de espera. Buscando solucionar os entraves supracitados, faz-se necessário que medidas sejam tomadas. Cabe ao governo continuar e ampliar o programa de transplante no país através de mais ofertas de cirurgias, medicamentos e mais profissionais especializados na área diminuindo assim a fila de espera; oportunizar novas pesquisas científicas e solidificar compromissos financeiros para o setor. Ao Ministério da Saúde cabe firmar parcerias com transportes rápidos e eficazes para que não haja perda de órgãos e que estes cheguem em tempo hábil ao seu destino. E à ATBO em parceria com publicitários e com as várias mídias produza campanhas, documentários, entrevistas, filmes, novelas, etc que tenham como objetivo incentivar e esclarecer sobre o ato de doar órgãos, haja vista que as pessoas tendem a seguir modelos vistos nas mídias, possibilitando assim o aumento de doadores.