O avanço de novas tecnologias aliada com a medicina nas últimas décadas trouxe maiores facilidades nos processos na doação e transplantes de órgãos realizados no Brasil. Contudo, tais procedimentos ainda vêm enfrentando diversas barreiras, desde a falta de diálogo entre a família e o corpo profissional dos leitos hospitalares, bem como, as dificuldades encontradas nos métodos das transmissões posteriores dos órgãos. Em princípio, a maior parte dos problemas na doação e transplantes de órgãos se esbarra na família, quiçá não seja só por questões religiosas, mas também, pela forma de abordagem dos profissionais da saúde com os familiares da vítima, isto é, de súbito, tais peritos discorrem sobre o assunto inúmeras vezes de forma insensível, mecânica e tratando como se fosse apenas mais outra morte aos parentes no ato da perda do sujeito. Logo, resultando em uma má interpretação dos familiares e gerando repulsa devido ao desrespeito, na qual o tratamento a parentela por parte desses profissionais deveria ser com o intuito de explicar que aquela conduta poderia salvar diversas vidas. Ademais, segundo o Portal Brasil, o país possui o maior sistema público de transplantes de órgãos no mundo, ainda mais, em 2016, cerca de 90% dos transplantes foram financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), Além disso, a assistência prestada a quem receberá as doações, auxiliando-os em todos os processos como: medicamentos, cirurgias e recursos sequentes. Porém, as logísticas envolvidas nos transportes dos órgãos podem acabar cerrando a vida daquela pessoa, um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde revela que o coração não deve ultrapassar quatro horas para ser realizado o transplante depois de retirado de um cadáver. Contudo, os postos para a distribuição desses elementos ficam muito distantes entre si, podendo ser até de estados diferentes da sua origem, dificultando o transporte, mesmo sendo parte deles realizados pela Força Aérea Brasileira. Torna-se evidente, portanto, a implementação de campanhas publicitárias para conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos por parte das ONGs. Ainda cabe ao governo melhorias na infraestrutura dos meios de transportes, assegurando assim, uma maior velocidade quanto aos procedimentos realizados pelos centros de transplantes. Além dos familiares, convém a solidarização, pois essas ações servem de exemplos para que haja maior colaboração pela população.