Atualmente, pode-se observar que o tema doação de órgãos se tornou um motivo de muitos conflitos em nossa sociedade, isso, por ainda ser um tabu para muitas pessoas. O que parece ser uma decisão do próprio doador, na realidade se torna uma decisão da própria família, que na maioria dos casos negam a autorização para a doação ser realizada. A negação da família tem uma série de fatores, pode ocorrer por conta da religião, algumas famílias de pacientes que tiveram morte cerebral se negam a aceitar e não autorizam o desligamento das máquinas que ainda o mantem "vivo", esperando que um milagre aconteça. Outras por terem receio da reação dos outros familiares, e até quem acredite que se trate de contrabando de órgãos para o mercado negro. Dados mostrados pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), informaram que em 2012, cerca de 6 mil pacientes foram diagnosticados com morte cerebral, um número que poderia salvar mais de 22 mil pessoas esperando por um transplante, mas somente 1.800 se tornaram doadores. Infelizmente, a pessoa que quer doar seus órgãos ainda precisa da autorização de seus familiares, o que ainda faz com que várias pessoas que precisam venham a óbito. Para acabar com isso seria necessário de apenas uma medida do governo, fazer com que o próprio doador autorize que seus órgãos sejam doados após sua morte, quem sabe assim, pessoas que precisam, possam viver por mais tempo e "ajudar a viver uma parte de alguém que já morreu."