No Brasil, o número de doadores é consideravelmente satisfatório. Porém, a escolha das famílias em ceder os órgãos de seus parentes após mortes encefálicas é de difícil decisão devido a falta de comunicação entre ambos, o que é um problema que precisa ser combatido. O tabu que ocorre entre as famílias tradicionais sobre o caso é o medo de uma "antecipação da morte", situação inverídica, uma vez que a morte cerebral consiste na ausência de todas as funções neurológicas. Entretanto, o problema está longe de ser resolvido. Segundo o nefrologista José Medina Pestana, a justificativa da maioria dos parentes ao se negarem em doar os órgãos é a de que nunca discutiram o assunto com o falecido. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério da Saúde juntamente com o Governo Federal deve elaborar propagandas para desmitificar a visão distorcida da população sobre o assunto e conscientizar sobre o bem que estarão fazendo. Ademais, o MEC acompanhado de professores, pedagogos e psicólogos pode realizar palestras em escolas para informar os alunos desde cedo e impedir a construção de uma ideia adulterada sobre as doações.