A doação de órgãos salva, todos os dias, milhares de pessoas. No Brasil, o número de doadores tem aumentado, gradativamente, nos últimos anos. Contudo, ainda há diversos tabus em torno do transplante de órgãos e desafios que devem ser superados pelo Estado e pela sociedade para a doação se tornar uma prática frequente, contribuindo para a melhora da saúde pública brasileira. O tema da doação de órgãos é pouco abordado no Brasil. Por isso, muitas pessoas não recebem as informações adequadas de como o processo de transplante ocorre e como ele pode salvar a vida das pessoas. Além disso, existem mitos que reduzem a realização de doação, como o tráfico de órgãos, impedindo famílias de uma vítima de morte cerebral a permitir o transplante. Ademais, algumas tradições, culturas e religiões condenam processos como transplante de órgãos ou transfusões sanguíneas, reduzindo o número de doadores. Também, a falta de diálogos familiares sobre a possibilidade da doação é responsável pelo baixo índice de doadores. Assim como a falta de estrutura hospitalar em alguns estados para a realização de transplantes. Dentro desse panorama, é crucial tomar medidas para aumentar o número de doações de órgãos e, consequentemente, salvar muitas vidas. Para isso, é necessário que o governo, em parceria com a mídia e os hospitais, promova campanhas de estímulo a doação, apontando os benefícios dessa e os requisitos para realizá-la. Além do mais, as pessoas interessadas em doar órgãos precisam alertar os familiares de sua vontade. Da mesma forma, os hospitais devem providenciar segurança e boa estrutura na área de transplantes para garantir a eficiência do processo. Infere-se que um doador de órgãos pode salvar mais de cinco indivíduos em uma única doação. Por isso, a importância de aumentar o número de adeptos à doação no país, melhorando a saúde pública e contribuindo para a vida de outras pessoas.