Título da redação:

Doação de órgãos no Brasil

Tema de redação: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 27/12/2017

Os dados do Ministério da Saúde, em 2016, apontam que mais de 90% dos transplantes realizados no Brasil foram financiados pelo SUS. Os pacientes possuem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante. O Ministério da Saúde também registrou um crescimento de 103% no número de potenciais doadores entre 2010 e 2016, expandindo de 4.997 para 10.158. Entretanto, segundo uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), 44% das famílias impedem a doação de tecidos de seus familiares após o óbito, tornando oneroso para o Brasil progredir com o número de doadores frente a esse obstáculo, e não o bastante ainda existe a possibilidade do órgão de um doador ser rejeitado pelo organismo do receptor, assim faz-se necessário que toda a população tenha a consciência de que é preciso colaborar com a doação de tecidos. Por outro lado, no Brasil, ainda existe uma silenciosa máfia de transplante de órgãos, a qual possui uma lista paralela, em que ela reúne os dados de pacientes com morte cerebral e compara com a lista dela, que tem pessoas inscritas em consultórios particulares aguardando por um rim. A máfia tem poder financeiro e político. No Brasil, com poder e dinheiro, muitos fazem o que quiserem, e a máfia é regida por isso. O filósofo grego Sócrates já dizia, "Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância." Uma traz a essência do entendimento e da solidariedade, contudo o outro traz os prejuízos da ausência da compreensão em prol da sociedade, desse modo, no Brasil, a cultura da doação de órgãos ainda é debilitada, já que, uma parcela da população não obteve a educação para se tornar um doador após o óbito, além dos casos onde existem os crimes cometidos pelas máfias dos órgãos no país, colaborando para que os inúmeros transplantes que aguardam no Sistema Único de Saúde (SUS), se tornem escassos. À vista disso, primeiramente urge que o Ministério da Educação integre no currículo escolar do ensino fundamental e médio a disciplina de "Doação de Tecidos", lecionada com as aulas que envolvam a Biologia, dessa forma, incentivando o estudante a aceitar doar os seus órgãos em vida, caso ele venha ao óbito por alguma adversidade futura. Outrossim, faz-se necessário que o Poder Legislativo, introduza a lei, "Órgãos para o SUS", que, aumente para vinte anos sem fiança, a pena de todos os envolvidos em crimes de tráfico de órgãos, assim, haverá uma redução nos crimes de tráfico de órgãos, e também, surgirá uma maior conscientização da população futura atentos para a doação de órgãos no Brasil.