No dia 27 de Setembro, é comemorado o Dia Nacional de Doação de Órgãos. Um tema que ainda é um tabu no meio da sociedade brasileira, cria barreiras para novas possibilidades de salvar vidas. Segundo dados da Associação Brasileira de Transporte de Órgãos - ABTO, o número tem crescido de 2012 para 2013. Mas ainda assim, é necessário que tal assunto venha a enfrentar seus principais desafios. Ainda que o número de transplantes realizados tenha crescido, a fila de espera continua grande. Não é normal vê o assunto ser debatido nas escolas, postos de saúde e meio de comunicação. Enfrentar a ignorância sobre a questão é o primeiro passo para dar voz ao projeto, uma vez que o individuo toma decisões com base naquilo que sabe. Eliminar a visão limitada da doação apenas do coração, mas acrescentar que a pele, por exemplo, é um excelente órgão que pode ser usado para dar vida a um novo rosto que sofreu queimaduras graves; ou então uma pessoa que se encontre com insuficiência renal e tem seus rins sem capacidade para filtração, ao receber um rim, pode vir a ser curado e filtrar e eliminar toxinas normalmente. A cada uma pessoa que se disponibilize a doar seus órgãos, outras 10 podem ser curadas. Como 47% das famílias se recusam a doar órgãos de um parente que tenha entrado em óbito, segundo a ABTO, o indivíduo, uma vez tendo conhecimento sobre tal importância na vida de outras pessoas, ao tomar a decisão de doar, é importante comunicar à família e uma vez anunciado, não precisa ser escrito. Sabe-se também que a pressão e a dor na hora da morte podem acabar gerando confusões na hora da família assinar sim à doação, por isso, deve ser útil a presença de um responsável médico para acompanhar e acalmar. Em outra situação, visitar aqueles que estão na lista de espera pode ser um fator colaborativo. Assim, de forma que os desafios listados acima sejam enfrentados e adquirindo conhecimento sobre a doação de órgãos no Brasil, torna-se mais fácil que o cidadão tome suas conclusões e ajude a salvar vidas. E com o objetivo de ampliar ainda mais sobre o assunto, é necessário que o incentivo do Ministério da Saúde, das instituições escolares em gerais, hospitais, meios de comunicação e da população em si continue a investir no tema, mostrar a realidade daqueles que esperam e quanto uma vida pode salvar outra.