Título da redação:

A morte com outro olhar

Proposta: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 03/11/2017

As cirurgias de transplante de órgãos são conquistas recentes da medicina. Entretanto, o número de processos realizados é insuficiente, tendo em vista que no Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a fila de espera para o transplante chega a 40 mil pessoas, sendo apenas 40% realizados. Nesse sentido dois aspectos fazem-se relevantes: a família e o sistema de saúde. Não tendo consciência que uma pessoa com morte encefálica pode salvar até 25 vidas com seus órgãos, uma vez que esse é o maior número órgãos a serem retirados, muitas famílias, por falta de entendimento, crenças, ou até empatia, se recusam a doar órgãos de parente com morte cerebral. Isso chega até 47% segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), evidenciando a importância da compreensão sobre esse tema. Além disso, segundo ABTO, o número de profissionais é restrito, pela complexidade do processo, e também mal distribuído, pois a maior parte de médicos especializados ficam na região Sul e Sudeste do país, aumento a dificuldade do processo para o resto do Brasil. Ademais, a falta de ferramentas necessárias para a cirurgia, como OHS Heart, que mantem as funções do corpo enquanto o transplante de coração é realizado, acaba fazendo com que as filas aumentem. De acordo com os argumentos supracitados, é dever do governo e dos cidadãos trabalhar para que a fila de espera diminua. O primeiro passo cabe ao governo fazer uma lei que obrigue presos, quando mortos, a doarem seus órgãos, como já é feito na China, esse procedimento deve ser realizado por médicos do sistema único de saúde, tudo a diminuir ou até mesmo sanar o problema com a demora de um transplante. Outro passo é a veiculação por mídias como internet, jornais e tevê, informativos como “A hora de lembrar” campanha já feita pala OMS, para o maior entendimento sobre o assunto.