Título da redação:

A lista é grande.

Proposta: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 03/10/2018

Em 1988, a Constituição Federal decretou o direito à vida e logo após esse fato foi aprovada a lei que legaliza a remoção de órgãos para transplantes e tratamentos. No país, o Sistema Único de Saúde (SUS) é o responsável pelos transplantes, entretanto, com o seu sucateamento e a recusa da doação pelos familiares devido a falta de informação, gera uma numerosa fila de espera de transplantes. Tal fato mostra o quanto o Brasil ainda precisa melhorar na compreensão, para que a doação de órgãos seja feita plenamente. A falta de investimentos na saúde é um dos principais obstáculos no aperfeiçoamento do sistema de transplante. Nesse contexto, nos últimos anos vem sendo diminuída a verba necessária para essa área e com a aprovação da PEC 55 – referente ao teto de gastos, a queda será ainda mais drástica, deixando o sistema ao ponto de um colapso. Perante esse fato, é inadmissível que uma nação, que possui um bom poder econômico, ainda sofra com problemas relacionados à saúde, que afeta diretamente a vida de diversas pessoas, principalmente da classe mais pobre. Além disso, a falta de conhecimento da necessidade e importância da doação de órgãos é o principal problema para a sua negação. De acordo com a Folha de São Paulo, cerca de 41% das rejeições de transplantes é pela negação das famílias, que são as responsáveis para a aceitação. Contudo, lamentavelmente, a falta da fala em vida pelo doador, gera um impasse na decisão. Dessa maneira, é alarmante que a fala sobre a doação de órgãos dentro do âmbito familiar seja, nos dias atuais, ainda um tabu que necessita ser erradicado. Sendo assim, torna-se indispensável a adoção de medidas que melhore o entendimento da necessidade de doadores de órgão no país. Mediante a isso, cabe ao Ministério da Saúde com o apoio de redes midiáticas, que aumente o acesso à informação sobre a doação de órgãos e transplantes, por meio de intensivas campanhas, com o uso de programas de televisão, rádio e nas mídias sociais, a fim de ampliar o discernimento e a importância desse gesto, para que ocorra a diminuição das listas de espera por órgãos.