No Brasil, a doação de órgãos ainda é um tema que possui opiniões antagônicas. Isso ocorre em consequência de fatores como a religião, a negação da morte de um parente e até pelo fato de familiares não conversarem sobre a doação após a morte enquanto estão vivos. Algumas famílias sofrem bastante durante o luto e se recusam a aceitar a morte de um parente. Essa negação pode ser vista como um empecilho para a doação de órgãos, tendo em vista que a dor emocional dos familiares os faz não debaterem esse tema. Dessa forma, como os órgãos precisam estar em bom funcionamento para o receptor, o transplante fica inviável devido à falência dos órgãos poucos minutos depois da morte encefálica. Além disso, questões religiosas também entram em confronto com a medicina. Alguns cristãos, por exemplo, acreditam que a vontade do seu Deus deve ser respeitada e a morte precisa ser aceita. Portanto, a medicina não deve intervir no tempo de vida dos seres humanos, prolongando-o. Entretanto, outros seguidores da mesma religião entendem que o ato de doar é uma demonstração de amor ao próximo e que é necessário dentro da religião. Logo, diante de visões tão contrárias é preciso debater sobre o tema. Isso pode ser feito através de palestras organizadas pelos Ministérios da Saúde e o de Educação e Cultura nas escolas. Bem como, a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos deve realizar propagandas na televisão com depoimentos de famílias que doaram e também dos receptores desses órgãos, a fim de incentivar as doações.