Título da redação:

A hora e a vez da doação de órgãos

Proposta: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 29/10/2017

Conforme a Organização Nacional de Transplante (ONT) da Espanha, o país exibe o recorde mundial de doadores de órgãos, 43,4 por milhão de habitantes. Todavia, infelizmente, no Brasil, essa realidade ainda está distante, visto que a taxa é de apenas 15,9. Dessa maneira, é necessário entender que a falta de esclarecimento sobre o assunto e o apego ao corpo são motivos para agravar tal problemática. Primeiramente, é indubitável que um dos desafios para a doação de órgãos é a falta de conhecimento sobre o assunto. Muitas famílias têm a esperança de que o falecido volte a viver, pois na morte encefálica o coração ainda bate, embora o cérebro já tenha morrido, isso faz com que não autorizem a transferência de seus órgãos para outros pacientes. Exemplo disso é que, segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), entre janeiro e março de 2017, a taxa de não autorização familiar foi de 43%, considerada elevada. Além disso, outro problema que a doação de órgãos enfrente é a cultura do eu. Muitas pessoas tornaram-se escravas do próprio corpo. Com isso, depois da morte, as famílias ficam receosas em permitir a coleta de órgãos por medo de o corpo ficar desfigurado para o velório. Ilustração disso é que há uma inversão de valores, em que os familiares valorizam o físico de uma pessoa morta e preterem os doentes o qual necessitam de transplantes para sobreviver. Por conseguinte, para minimizar os problemas da doação de órgãos, convém que o Ministério da Saúde faça mais campanhas como a do setembro Verde. Ademais, promova atividades com o objetivo de conscientizar a população sobre a doação e transplante de órgãos. Como se não bastasse, a pessoa a qual quer ser doadora deve colocar em pauta esse tema nas discussões familiares. Afinal, já dizia o intérprete Geraldo Vandré em sua canção: "quem sabe faz a hora, não espera acontecer".