Título da redação:

A espera de um milagre

Tema de redação: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 23/08/2017

Rins. Fígado. Coração. Ao longo dos séculos passados, as técnicas medicinais evoluíram demasiadamente, o qual se tornou capaz de proporcionar um tempo a mais de vida para as pessoas, que antes a sua única solução era a morte. Hoje, porém, é cada vez mais preocupante a falta de solidariedade, dos brasileiros, na arrecadação de órgão para doação, deixando assim milhares de pessoas na espera de uma oportunidade para viver. Nesse panorama, a distribuição, no Brasil, de profissionais para efetuar os transplantes de órgãos é desproporcional, prejudicando o processo de doação, mas também a negativa familiar influencia na degradação do processo do “humanismo social”. Embora o Brasil esteja em 2º lugar, no mundo, em transplantes de órgãos por ano, segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), nota-se que ainda existe uma desigualdade na organização de especialistas nessa área no Brasil, concentrando-se apenas nas regiões metropolitanas. Uma vez que os equipamentos médicos e estruturas hospitalares que auxiliam em todo o processo, onde as regiões do Sudeste e Sul são as maiores prestigiadas, segundo o presidente da ABTO, Lúcio Pacheco. Dessa forma, essa discrepância dificulta o procedimento das operações e congestiona as filas de espera. Ademais, deve-se entender que a decisão negativa da família para autorização da retirada dos órgãos do indivíduo, em que já foi declarado seu óbito, está contribuindo para a morte de outras pessoas. Isso porque, o nosso organismo é capaz, em muita das vezes, de se regenerar e retornar a sua função, fazendo com que a sua “reciclagem” para os pacientes, que estejam na espera, possa propiciar a continuidade da vida, no entanto, 46% das famílias não aderem a essa causa, segundo a ABTO. Tal cenário fragiliza a ideia de solidariedade humana, o qual todos são adeptos, porém poucos se disponibilizam a efetuar. Portanto, é imprescritível reverter às dificuldades e problemas da doação de órgão com a adesão social. Para tanto, é fundamental que o Poder Executivo (Presidente, Governadores e Prefeitos) descentralize os investimentos da saúde pública, e focalize-as nas áreas periféricas do Brasil, onde construirá hospitais que possuam estruturas para receber os pacientes e os doadores, para que os profissionais possam trabalhar de forma devida. Além disso, é preciso que todos os membros das famílias dialoguem sobre querer ou não se tornar um doador, os quais decidiram se, caso ocorra algo fatal, legalizem a sua doação. Logo, as esperança de viver se tornará realidade para uns, e transformará outros em heróis.