Por que o Brasil no qual possui o maior sistema público de transplantes de órgãos no mundo, ainda amarga com a doação de órgãos? Segundo os dados do Ministério da Saúde, em 2016, mais de 90% dos transplantes realizados no Brasil foram financiados pelo SUS. Os pacientes possuem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante. O Ministério da Saúde também registrou um crescimento de 103% no número de potenciais doadores entre 2010 e 2016, expandindo de 4.997 para 10.158, entretanto, 43% das famílias negam a doação de órgãos de seus familiares após o óbito, ficando oneroso para o Brasil avançar nessa questão com esse tipo de obstáculo, assim faz-se necessário que toda a população tenha a consciência de que é preciso se voluntariar para a doação de órgãos. Como disse um filósofo grego chamado Sócrates, "Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância." Uma traz a essência do entendimento e da solidariedade, contudo o outro traz os prejuízos da ausência da compreensão às necessidades dos demais, desse modo, no Brasil, a cultura da doação de órgãos ainda é debilitada, pois uma parcela da população não foi educada para refletir e aceitar doar em vida os seus órgãos após o óbito, dessa maneira tornando escasso o número de doadores disponíveis para os transplantes. À vista disso, urge que o Ministério da Educação integre no currículo escolar do ensino fundamental e médio a disciplina de "Doação de Órgãos", lecionada com as aulas que envolvam a Biologia, desse modo, instruindo e incentivando o estudante a aceitar doar os seus órgãos em vida, caso ele venha ao óbito por alguma adversidade, assim haverá uma maior conscientização da população futura a respeito desse ato que ajuda a beneficiar e resgatar outras vidas.