Segundo o sociólogo Pierre Bourdieu, “o gosto cultural é produto e fruto de um processo educativo, ambientado na família e na escola”, desse modo, essas duas instituições possuem papel fundamental na questão de incentivar os diversos conhecimentos. Contundo, há empecilhos que impedem a democratização do acesso à cultura, entre eles estão as desigualdades sociais e a falta de projetos governamentais que ampliem sua obtenção. É elementar que se leve em consideração que democratizar a cultura é permitir a acessibilidade de forma igual para construir uma consciência crítica da realidade. Entretanto, é historicamente perceptível que a elite é o grupo que mais possui acesso, movimentos literários, como a “Semana de Arte Moderna”, de 1922, foram feitos e criticados pelas mais abastados. Nesse cenário, é possível perceber que as classes populares possuem maior dificuldade em participar de eventos culturais, ou até mesmo adquirir materiais, como livros. Uma vez que a grande maioria dos eventos são pagos e com os baixos salários fica praticamente impossível realizar alguma atividade de lazer. É necessário considerar, também, que cultura não é somente a arte erudita, mas as relações sociais e materiais dos povos, culinária e costumes, como a cultura Indígena, Carioca, Baiana e Americana. Nessa perspectiva, tentar compreender suas relações é importante para ampliar a visão de mundo e minimizar preconceitos. Por outro lado, a “Indústria Cultural”, definida por Adorno e Horkheimer, como uma massificação do gosto, devido ao consumismo, impacta negativamente. Pois essa forma ampliam a aculturação, como é o caso da cultura Americana que impõem seus costumes e modo de vida pelos filmes. Cabe perceber que a solução não é deixar de consumir, mas sim analisar sobre uma ótica mais crítica e não aceitar tudo passivamente. Por conseguinte, para que a população tenha acesso a cultura e consiga desenvolver uma consciência crítica é importante que o Ministério da Cultura, em parceria com o Ministério da Educação, desenvolva projetos culturais, como exposições de arte e apresentações musicais, com entrada franca, de forma que pais e filhos possam ir juntos e compartilhar experiências. É essencial que sites, como “Clube do Patrocínio” tenham maior publicidade, a fim de permitir que pessoas utilizem a lei de incentivo a cultura para promover eventos que terão na plataforma online uma potencialização de patrocinadores, desse modo permitindo que atividade culturais ampliem nas periferias e democratizem o acesso.