Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A deficiente educação financeira no Brasil

Redação enviada em 03/10/2016

“Saber é poder”. A breve, mas rica, fala de Francis Bacon é, perfeitamente, aplicável à solução das falhas da educação financeira no Brasil. O consumidor tem gastado sem se planejar e no fim das contas não sabe quanto nem com o que gastou, torna-se refém de juros e dívidas, além de viver sem segurança material. Isso ocorre porque o consumidor não saber gerenciar seu orçamento, o que implica a necessidade de investimento educacional, principalmente para crianças, antes do investimento econômico. 85% da população brasileira compra sem planejamento, segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil. Os dados mostram, sobretudo, que não há, por parte do consumidor, um controle de suas receitas e despesas, o que, consequentemente, se reflete em aquisições desordenadas, muitas vezes parceladas e atribuídas à juros. A situação, além de afetar o dia-a-dia, acarreta o comprometimento de qualquer necessidade futura de caráter de urgência, como problemas de saúde, uma vez que muitas pessoas - 74% segundo pesquisa da SPC Brasil - não possuem qualquer investimento fixo, e consequentemente, segurança material. Essa desorganização financeira por parte dos consumidores se reflete também naqueles que seguem seus exemplos: as crianças. Os padrões de consumo existentes da sociedade, intensificados pós Guerra Fria, atingem, desde cedo, as crianças que já são influenciadas, a todo tempo, por propagandas midiáticas a comprarem. O problema é que elas, bem como os adultos, não são instruídas a gerir seus recursos, o que acarreta um processo cíclico, já que serão os futuros consumidores. Convém, portanto, em consonância com as ideias de Francis Bacon, o investimento no saber, a começar pela implementação de educação financeira à grade curricular do Ensino Fundamental, para que as crianças possam aprender desde cedo a administrar seu dinheiro. Ademais é de suma importância a oferta de cursos e palestras de cunho educativo financeiro, por parte das instituições governamentais, em empresas e outros locais de atuação do consumidor. Dessa forma o Brasil contará com consumidores conscientes e bem planejados.