O mundo nunca mais foi o mesmo após a Revolução Industrial, já que a indústria trouxe o desenvolvimento num modelo econômico liberal, que hoje leva ao consumismo alienado pelos produtos comerciais. Hoje, é visto que, o consumismo exagerado da sociedade moderna está atrelado à falta de planejamento e a fatores psicológicos que, exigem urgentes intervenções. Observou-se que, no governo militar de Médici, em 1969, com o dito ‘’milagre econômico’’ foi possível surgir um sofisticado padrão de consumo graças à expansão do crédito ao consumidor. Com isso, a partir desse marco, seguiu-se uma sociedade que parece ter abdicado da educação financeira, onde a renda média aumento junto com o acesso ao crédito, construindo um ideal de consumo, muitas vezes, avesso ao que se tem condição. De acordo com o estudo feito pelo jornal Data Folha, 85% da população faz compras sem planejamentos e 74% não possui qualquer investimento fixo. Logo, esses dados admitem a imaturidade financeira dos brasileiros e, que necessitam ser revolucionados. Ademais, há o crescimento constante de pesquisas científicas que apontam relações entre certos comportamentos e fatores psicológicos. Um exemplo disso é o consumidor compulsivo, pois ao envolver fatores emocionais, ele faz das compras um meio para minimizar a ansiedade, a angústia ou a tristeza. Dessa maneira, o indivíduo tem a sensação, uma vez, momentânea, de estar satisfeito, evitando que ele se importe com o ônus dessa ação. Diante disso, assim como o sociólogo, Durkheim, justifica o fato social como uma maneira coletiva de agir e pensar e, sendo o comportamento descrito um fato e passível de ser transmitido as outras gerações, é preciso haver a educação financeira desde cedo para evitar que se criem novos consumidores compulsivos. Diante dos argumentos supracitados, é dever do governo incentivar através da mídia a população em realizar poupanças para dá-las mais segurança financeira e para cobrir eventuais incidentes. Além disso, é necessário que a escola e a sociedade informem as pessoas desde cedo sobre os conceitos básicos de economia como, salários e gastos, de forma a fomentar a educação financeira delas. Juntamente a isso, os pais podem atribuir o sistema de mesada para os filhos, pois ajuda na conscientização quanto ao valor do dinheiro e ensina como fazer o melhor uso desse recurso.