A partir do século XVIII com o advento da revolução industrial, a classe operária passou a ter maior acesso aos bens de consumo que produziam, porém, a educação financeira necessária para administração de novos bens não aconteceu, acarretando uma deficiência da mesma até os dias atuais. Pode-se então, afirmar que o consumidor brasileiro não sabe lidar com o próprio dinheiro, uma vez que segundo o SPC: 54% dos mesmos fazem regularmente compras sem planejamento algum, sendo assim, ao passar por períodos de crises e recessões ficam sem recursos e acabam se endividando, além de que 74% da população não tem nenhum investimento em caderneta de popança para enfrentar contratempos. A evolução constante da tecnologia leva os cidadãos a consumirem e quererem cada dia mais, uma vez que a obsolescência programada trouxe bens de consumo com curto período de utilização e muitas atualizações. Criando assim uma cultura do consumismo desenfreado. Para Imannuel Kant, “o ser humano é aquilo que a educação faz dele”, ou seja, para que futuramente o problema não persista, é necessário que as crianças tenham uma boa educação financeira, que pode começar com uma mesada de acordo com a condição financeira dos pais, tendo como propósito que elas tenham noção do dinheiro gasto e saibam o que podem ou não comprar, para que quando adultos não façam aquisições prejudiciais a suas contas bancárias. Após análise dos fatos apresentados, chega-se à conclusão que é necessário uma educação básica de finanças, ficando a mesma a cargo do Estado, que deve implantar nas escolas materiais e palestras sobre o assunto, inteirando os alunos da necessidade de uma boa educação financeira, é papel dos pais tratar do assunto com naturalidade, fazendo com que a criança se sinta parte do processo contábil da casa, para que esse hábito seja passado às novas gerações.