Após a crise de superprodução de 1929, foi implantado nos E.U.A. o Keynesianismo, no qual houve o estímulo à cultura do consumo. Hoje em dia, o consumismo desenfreado faz parte da vida de muitos brasileiros, que pode ser motivado por diversos agentes. A falta de instruções ao planejamento financeiro no ensino escolar ou familiar pode ser um desses motivadores. O consumismo é inerente ao ser humano, mas o fetichismo da mercadoria, pontuada por Marx, estimula a compras não racionais, vinculadas ao status. Adjunto a isso, a falta de meios disponíveis para a informação e educação financeira contribuem para, segundo dados do SPC, um percentual de 85% das compras serem realizadas sem planejamento. Dessa forma o endividamento poderá vir como resposta ao consumo não planejado. Nós fazemos parte da teoria contratualista, na qual o estado é o responsável por gerenciar o dinheiro público, mas no que tange ao privado o gerenciamento pode sofrer certa negligência. Todos os direitos trabalhistas junto com o crédito fornecido pelos bancos podem gerar um certo relapso em relação ao consumismo racional. Portanto, fica evidente que a educação financeira deve ser priorizada desde cedo no indivíduo. O Governo Federal deve implementar na grade curricular do ensino fundamental disciplinas relacionadas à cidadania, em que módulos de economia financeira devem estar presentes. Já para as demais faixas etárias, ONG’s financiadas pelo Governo Federal deverão dar palestras, pelo menos uma vez ao ano, em escolas públicas dos municípios para toda a população interessada, conscientizando assim os brasileiros e popularizando a economia financeira.