Não há como negar que a produção em massa, proporcionada principalmente pela Revolução Industrial, é uma das principais causas do consumismo. Em virtude disso, o brasileiro, que possui uma deficiente educação financeira, consome sem controle por vários fatores e acaba encurralado pelas dívidas. O filósofo Pitágoras ilustra a importância da educação infantil dizendo que não será necessário castigar o homem, caso o eduquem quando criança. O consumo, sobretudo, de bens essenciais é fundamental para os prazeres e para a vida do homem. A exagerada vontade de consumir, entretanto, tem como consequência o descontrole financeiro. Uma pesquisa, feita pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), revela que 15% dos entrevistados sempre planejam seus gastos, os outros 85% estão divididos entre os que não planejam nunca e quase nunca. O alívio momentâneo, ainda por cima, é causado pela rápida e abundante liberação da substância do prazer e do alívio no cérebro, a dopamina, podendo levar ao vício. O descontrole, indubitavelmente, está longe de ser resolvido devido à falta de contato, quando criança, com o dinheiro. Quanto maior o contato da criança com o dinheiro, mais ela será capaz de entender o valor dele e melhor ela o utilizará, afirma o Blog Guia Bolso. Quando adulto, problemas emocionais, por outro lado, como baixa autoestima, tristeza e ansiedade contribuem ativamente para a busca pelo prazer e descontrole financeiro. Ana Paula Bastos, economista do SPC, confirma que o comprador se perde na busca por um estilo de vida utópico e pelo prazer imediato momentâneos. O impasse, portanto, será verdadeiramente resolvido com medidas preventivas sob as crianças. A educação financeira não pode ser um tabu, para tal as famílias devem conversar naturalmente com os pequenos sobre o mundo monetário, devem explicar conceitos básicos e como funcionam, tais como orçamento, salário, empréstimos, cartão de créditos e gastos. Instituir a mesada é uma importante ferramenta para praticar o controle dos gastos. Não só as famílias, mas também os governos estaduais devem incluir a educação financeira na grade escolar, principalmente, das aulas de sociologia com debates. Os governos municipais devem, igualmente, criar centros de ajuda para adultos com problemas de controle monetário.