Quase 60 milhões de brasileiros estão endividados, segundo o portal de notícias G1, o que corresponde a 5 milhões a mais do que no último ano. Logo, é possível afirmar que a população do Brasil não possui uma eficiente plataforma de administração financeira, Isso se evidencia não apenas pela cultura consumista impregnada na sociedade contemporânea mas também, pela conjuntura de crise econômica. Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a fata de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da modernidade líquida vivida no século XX. Assim, visando lucros abusivos, grandes corporações empresariais criam uma cultura de consumismo desenfreado, dessa sorte, os indivíduos são induzidos a gastar além do seu orçamento, resultando numa vertente funcional de endividamento, uma forma moderna de escravidão por dívida. Além disso, a conjuntura de crise econômica agrava ainda mais o endividamento da população, pois nela há a redução da oferta de emprego e a consequente desestruturação da renda familiar. Esse quadro se agrava ainda mais nos grandes centros urbanos do Brasil, onde há uma demanda maior, devida a densidade demográfica aliada à má estrutura socieconômica, consequência do fenômeno denominado êxodo rural, na ocasião da revolução verde, logo após a segunda guerra mundial. A fim de combater o quadro de endividamento do brasileiros e suas consequências, o Estado deve, portanto, por meio do Ministério da Educação (MEC), regulamentar palestras e workshop que visem a explanação dos cuidados com os gastos pessoais, ministrados por competentes, a fim de, a longo prazo, formar cidadãos mais instruídos financeiramente, e também, a proativa iniciativa das empresas privadas na criação de núcleos de capacitação profissional, para inserir o trabalhador mais qualificado no mercado, o que irá resultar na redução dos índices de desemprego.