Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A deficiente educação financeira no Brasil

Redação enviada em 20/09/2016

Educação financeira ainda é um assunto pouco discutido no Brasil. Prova disso, é que de acordo com uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), apesar de 72% dos brasileiros assumirem ter conhecimento de administração do dinheiro, apenas 15% afirmam fazer sempre compras planejadas. Portanto, é fundamental analisar as causas e consequências negativas desse problema, tanto para a população quanto para a economia do país, a fim de criar medidas que visem educar a população a gastar de forma mais consciente. É importante analisar que diferentes fatores são responsáveis pela pouca educação financeira do brasileiro. Em primeiro lugar, não é ensinado para as crianças e jovens na escola a matemática aplicada à vida cotidiana, mas sim um conjunto de teoremas e fórmulas, que muitas vezes serão inúteis para a vida em sociedade. Isso acontece, porque ainda há no Brasil um sistema educacional academicista e pouco veiculado às necessidades das pessoas. Em segundo lugar, deve-se considerar que grande parte da população se encontra na chamada "nova classe média", ou seja, são pessoas que pela primeira vez têm maior acesso a renda e a crédito. Devido a isso, esses indivíduos geralmente não têm conhecimento suficiente de administração do dinheiro, formas de investimento e entendimento sobre juros, por exemplo, já que essa atividade é nova para eles. Consequentemente, essa deficiente educação financeira causa malefícios para a população e para a economia do país. Em relação à primeira, a principal consequência é o endividamento excessivo.Esse fato causa a necessidade de contrair empréstimos, que muitas vezes têm juros altos e faz com que o cidadão entre em um ciclo de dívidas. Ademais, o empréstimo quando ultrapassa 30% da renda da família prejudica a qualidade de vida, pois consome recursos de áreas como alimentação e saúde. Em relação à economia, a falta de educação financeira causa prejuízos em variados setores. Nesse contexto, a inadimplência do consumidor gera perdas para o comerciante, que repassa esse prejuízo para o fornecedor e assim sucessivamente. Além disso, o indivíduo quando se torna endividado perde seu poder de compra, diminuindo a circulação de riquezas e estagnando a economia. Diante desse cenário é importante a adoção de medidas que visem diminuir a deficiência da educação financeira no Brasil. Para isso, é preciso que as escolas incluam na grade curricular a matéria "Matemática Aplicada", na qual seja ensinado às crianças e jovens, com base em situações cotidianas o cálculo de juros, porcentagens, descontos, interpretação de gráficos e tabelas. Ademais, cabe ao governo federal criar propagandas, cartilhas, programas nas redes sociais e canais públicos, que ensinem a população conceitos como o funcionamento do cheque especial e a caderneta de poupança, por exemplo. Por último, é importante que bancos públicos e privados promovam eventos de renegociação de dívidas, para que pessoas necessitadas possam dar o primeiro passo em direção à estabilidade financeira.