Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A deficiente educação financeira no Brasil

Redação enviada em 20/09/2016

O homem tinha o hábito de produzir apenas para suprir suas necessidades, até a revolução industrial no século XIX, quando a produção passou a criar novas necessidades com o objetivo de vender os novos produtos feitos em larga escala. No entanto, foi na década de 1980, em plena Guerra Fria, que o consumismo teve seu auge. Na expectativa de outras bombas explodindo a qualquer momento pelas tensões causadas entre os blocos capitalista e soviético, ainda traumatizados pela Segunda Guerra, o consumo desenfreado foi incentivado nos países sob influência capitalista como modo de diminuir a sensação de guerra. Espalhou-se pelo mundo o chamado "american way of life" ( traduzido por estilo de vida americano). Nos últimos 15 anos, o poder aquisitivo do brasileiro aumentou consideravelmente e, como consequência, o acesso ao "american way of life", vigente desde a década de 80, e nenhuma instrução sobre planejamento financeiro. A compra descontrolada é uma prática frequente entre os brasileiros. Compram sem haver necessidade, na busca de prazer, ou com a intenção de exibir um estilo de vida o qual suas rendas não podem pagar. Também não atentam para as taxas de juros embutidas nas parcelas e terminam pagando valores muito mais altos do que o real preço do produto. Além disso, não mantêm o hábito de poupar dinheiro e usam bastante o cartão de crédito (ou mais de um). Pela falta de planejamento, não é raro as faturas virem muito além do esperado ou possível de se pagar e, por isso, grande parte da população adulta do Brasil está endividada. Um outro fator a ser considerado é a crise econômica que o país está vivendo há pelo menos 5 anos. Por causa dela, a taxa de desemprego cresce mensalmente e muitos, agora sem renda alguma, não podem mais pagar as contas básicas nem as faturas dos cartões, além de outros mantendo o mesmo padrão econômico, apesar da crise, apenas aumentando as dívidas. Tendo isso em vista, para haver mudanças no quadro brasileiros é necessário educar a população sobre finanças. O Ministério de Educação deve implementar no currículo nacional da educação básica a educação financeira, mesmo nas aulas de matemática, explicando o funcionamento e conceitos básicos como orçamento, os vários tipos de juros, custos, lucros. Em casa, os pais também devem educar seus filhos, falando naturalmente, desde cedo, sobre as finanças familiares e dando às crianças responsabilidades financeiras, incentivando-as a poupar e planejar. Organizações não-governamentais devem promover palestras e mini cursos sobre planejamento pessoal, principalmente entre as regiões de renda média mais baixa. Os clientes bancários também podem se informar com seus gerentes sobre investimentos e poupança, escolher a melhor opção e iniciar o hábito de poupar dinheiro para planos futuros ou emergências.