Com a atual crise financeira brasileira, algumas pessoas buscam formas de obter bonificações, ou apenas assegurar a existência de um fundo de garantia para possíveis problemas, como é o caso do desemprego. Contudo, a maior parte da população não possui um planejamento financeiro, estando propensos, assim, a apresentarem gastos desnecessários durante o mês, como compras por impulso, por exemplo. Essa situação reflete uma falta de preparo e conhecimento da população em economia, além de fatores sociais. A educação financeira infantil ainda é um assunto evitado em muitas famílias por não ser considerado apropriado para tal faixa etária. Essas crianças tendem a tornarem-se adultos despreparados para lidar com finanças, em razão de não possuírem princípios básicos de planejamento e investimento. Isso pode ser observado em uma pesquisa realizada pelo SPC (serviço de proteção ao crédito) brasileiro, onde 85% dos entrevistados já haviam realizado compras sem antes refletir sobre tal ação. Além disso, é necessário estabelecer que a aquisição de mercadorias vai além da satisfação pessoal, também engloba a possibilidade de uma determinada classe ser aceita socialmente. A oportunidade de parcelar um pagamento tornou viável uma inclusão a partir de bens materiais da minoria presente no país. Entretanto, juros altos e dívidas longas prendem o consumidor e o impedem de prosperar economicamente, levando-o a realizar empréstimos e investimentos com propostas inovadoras, que podem ser ilegais, como as pirâmides financeiras, trazendo diversos prejuízos ao indivíduo. Planejamentos financeiros requerem estudos e pesquisas, situações que não condizem com a atual situação majoritária do país. Para obter uma nova geração de adultos que os realizem, as famílias devem começar a educar os seus filhos desde pequenos, ensinando sobre controle de gastos, empréstimos e poupanças. Essas iniciativas podem vir por meio de palestras e programas educativos organizados pelas escolas e órgãos como o SPC, com o objetivo de ensinar a combater as compras por impulso, o consumismo e incentivar o investimento monetário. Ademais, devem prevenir todos contra ações ilícitas, demonstrando como identifica-las e denuncia-las.