Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A deficiente educação financeira no Brasil

Redação enviada em 19/09/2016

A partir da Revolução Industrial, o poder de compra dos indivíduos foi maximizado e, com isso, houve a percepção da necessidade de controlar seus próprios gastos em face da gama de possibilidades de aquisição. Todavia, no Brasil, os cidadãos são acometidos por diversos arrochos econômicos devido ao consumo e à escassez de ensinamentos sobre finanças, fatos que atingem todas as camadas da população. O nascimento da burguesia, no século XVIII, permitiu que houvesse o aparecimento de uma classe média que, ao mesmo tempo em que ditava os padrões de consumo, era regida por eles. Assim, os modelos de produção, como o fordista, influenciaram a vida de milhares de pessoas. Entretanto, a fascinação dos compradores diante das mercadorias associada à falta de planejamento financeiro, levaram à Quebra da Bolsa de Nova York, em 1929. Esse contexto evidenciou o despreparo individual com o dinheiro, afetando toda a cadeia produtiva, inclusive o Brasil, uma vez que vários cidadãos brasileiros não são acostumados a programar seus gastos e, como consequência disso, se endividam com empréstimos e aquisições parceladas com juros, algo ratificado pelo ex-presidente dos EUA, Thomas Jefferson: “Nunca gaste seu dinheiro antes de recebê-lo.” Ademais, a globalização instaurou um sistema de consumismo desenfreado, confundindo-se o conceito de cidadania com o de consumidor. Dessa forma, a terra tupiniquim vivenciou, na época da redemocratização, os anos de ouro no que tange aos salários. Entretanto, a escassez de instruções fazendárias na base educacional, contribui consideravelmente para a atual conjuntura econômica do país, pois não há, nas instituições de ensino, aulas sobre educação financeira com conceitos sobre poupanças, investimentos e planejamentos, o que dá origem a adultos despreparados, compulsivos e mimados com relação à sua própria remuneração. Torna-se evidente, portanto, a extrema necessidade de suscitar a discussão sobre esse assunto. É preciso que o Ministério da Educação introduza, nas matrizes educacionais escolar e universitária, matérias sobre instrução financeira, a fim de preparar os estudantes para a vida adulta com planejamentos referentes aos seus salários e às suas mesadas. É fundamental, também, que ONGs, junto à mídia, trabalhem esse aspecto com as famílias, por meio de cartilhas informativas e de propagandas didáticas, com o objetivo de salientar a importância desse entendimento para uma melhor qualidade de vida advinda de um bom projeto com o próprio dinheiro.