Educação financeira é a capacidade de um indivíduo de fazer julgamentos bem informados e de tomar decisões acertadas acerca do uso e gerenciamento do seu dinheiro. No Brasil, de acordo com o Serasa Experian (2016), o número de inadimplentes representa 41% da população maior de 18 anos. Esses dados revelam um país ainda muito imaturo no sentido da educação financeira. Isso se deu em grande parte, devido a um período na revolução industrial em que a oferta de produtos excedia a sua procura, com isso, recursos e estratégias foram mobilizados no intuito de criar um mercado consumidor. A partir daí, pessoas de todas as classes passaram a ter mais acesso à produtos e serviços, como consequência, criando o que hoje é conhecido como cultura de consumo. Com essa cultura fortemente enraizada e disseminada na sociedade, agora a busca pelo produto é maior do que a oferta, tornando a comercialização de bens e serviços bastante valorizada no mundo todo. Mas, para comprar, as pessoas, devem possuir recursos financeiros, com isso, limites de crédito, cheques, cartões e diversas outras facilidades foram criadas, a fim de continuar incentivando o cidadão a gastar, e como isso, contribuindo para os índices de inadimplência e comprometendo a qualidade de vida das pessoas, uma vez que essas acostumaram-se a despender de seus recursos financeiro sem tomar consciência do comprometimento no qual se envolveram. Diante desse cenário no Brasil, é imperioso a necessidade de medidas a fim de educar as pessoas, incentivando-as a hábitos financeiros saudáveis. O poder legislativo deve alterar as leis existentes, com o objetivo de torná-las mais claras no que se refere à empréstimos, limites de créditos, financiamentos e os juros reais pagos pelos bens ou serviços adquiridos, com isso os indivíduos terão mais discernimento para a tomada de decisões. Ao Ministério da Educação, cabe incluir na grade curricular desde o ensino fundamental a educação financeira e com o apoio das escolas, ONGs e da mídia, fornecer orientações e cursos de gerenciamento financeiro gratuitos ás famílias das comunidades, assim, elas poderão além controlar melhor seus proventos, complementar a educação financeira de seus filhos.