Com o fim da Guerra Fria, em 1985, e a consolidação do modelo econômico capitalista, o consumo da população brasileira tornou-se desenfreado, com isso, houve diversos problemas em relação a educação financeira, visto que o brasileiro não faz um planejamento de suas compras, tornando necessária a tomada de novas medidas que resolvam definitivamente esse impasse. Nesse sentido, é possível afirmar que no filme ‘’ Até Que a Sorte Nos Separe ‘’, uma família ganha na loteria, no entanto, em pouco tempo gasta todo o dinheiro, haja vista que não souberam fazer o planejamento de suas compras. Segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), cerca de 85% dos cidadãos não fazem uma organização de suas finanças. A obra cinematográfica e a pesquisa revelam que o brasileiro não sabe administrar o seu dinheiro, gasta compulsoriamente e acaba ficando endividado. Vale ressaltar que as crianças por possuírem pouca idade são facilmente manipuladas por empresas que fazem o uso do marketing para que comprem um determinado produto, como por exemplo, a empresa MC Donald’s, usa brindes para induzir meninos e meninas a comprarem seus lanches que nem sempre são saudáveis. Isso demonstra que desde pequeno as crianças já começam a sofre com a falta de educação financeira, ocasionando o consumismo infantil. Torna-se evidente, portanto, que o Ministério da Educação deve promover palestras nas escolas, ministras por psicólogos e pedagogos que discutam o problema, tendo em vista que como dizia o filósofo Paulo Freire, ‘’ se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda’’. Além disso, a mídia, com sua grande influência, precisa criar campanhas educativas que enfatizem o risco da falta de planejamento financeiro, com o intuito de amenizar esse impasse. Ademais, o Governo Estadual deve investir em consultores financeiros, disponibilizando de forma gratuita esses profissionais em diversas cidades, para que todo o cidadão independe de sua classe social possa usufruir desse serviço, diminuindo assim as consequências da deficiente educação financeira.