Em tempos de crise econômica, o controle de gastos familiares é vital para que se mantenha a saúde financeira. Calculadoras e planilhas são exaustivamente utilizadas por aqueles que possuem um embasamento sobre finanças, aplicando cortes aonde for necessário. Porém, muito indivíduos não sabem como lidar com seu dinheiro, devido à falta de conhecimento sobre o assunto. Problema esse que deveria, mas não foi esclarecido no período escolar, ou até mesmo no domiciliar. Nas escolas, o ensino fundamental e o médio ainda se encontram sobrecarregados e engessados. Conteúdos desinteressantes que, além de gerar a preocupante evasão escolar, torna a falta de aplicação das mesmas na vida cotidiana cada vez mais notória. Alunos adquirem seus diplomas com um pleno conhecimento sobre funções orgânicas ou isomeria, todavia, desconhecendo a diferença entre cartões de crédito ou débito. Por outro lado, pais e mães, também precisam contribuir nesse aprendizado. Em muitas ocasiões, o único contato do filho com as economias da família se dá por meio das polêmicas “mesadas”, não acompanhada de uma devida explicação sobre como administrar a quantia recebida. Adolescentes que ingressam no mercado de trabalho costumam não pensar no longo prazo, fazendo com que o destino dos primeiros salários seja totalmente liquidado em um final de semana de lazer. Sendo assim, são necessárias mudanças, começando pela grade curricular escolar. Matérias essenciais, como porcentagem e juros, precisam de uma maior atenção do Ministério da Educação no momento de elaborar um novo plano de estudos nacional. Paralelamente, diretores e professores poderiam organizar aulas específicas e atividades complementares, em escolas de âmbito municipal e estadual, sobre a temática, com a presença de pais e responsáveis e estendendo o debate até o ambiente doméstico.