No Brasil, a crise econômica atual, fundamentalmente interna, em função da desordem das contas públicas, mostra a imaturidade dos brasileiros em administrar seus próprios recursos financeiros. Com a alta inadimplência, o comércio recua na liberação de crédito e as pessoas afundadas em dívidas, são obrigadas a rever as prioridades e frearem o consumismo exagerado. Na década de 90, a liberação de crédito através de bancos e lojas, impulsionou os cidadãos a consumirem sem planejamento; esta cultura foi crescendo constantemente, elevando o poder de compra das classes C e D, sem dar importância ao valor final do produto, apenas analisando se seriam capazes de arcar com as parcelas, comprometendo seus rendimentos de forma inconsequente, mostrando o despreparo em lidar com o crédito e principalmente com o próprio dinheiro. A falta de educação financeira de um país expõe a forma como ele enfrenta uma crise econômica; no Brasil, o resultado está sendo o crescimento da inadimplência e da negativação de nomes. De acordo com o site infomoney, 75% dos brasileiros ficariam desamparados financeiramente após 3 meses da perda de seus rendimentos, isso alerta para a falta de cultura em poupar recursos. Vivemos em uma sociedade consumista que precisa urgentemente aprender a trabalhar com dinheiro de forma benéfica. Educação financeira precisa ser inserida em nosso dia a dia e deve fazer parte do cronograma escolar, desde o ensino infantil, criando seres humanos capazes de gerir seus ganhos e gastos no futuro. A mídia pode ter papel fundamental na educação dos adultos; por que não voltar as propagandas, que estimulam ao consumismo, ao consumismo consciente? Afinal, o consumidor, só continuará como consumidor, se souber administrar sua vida financeira.