Desde que se estabeleceu no mundo a ordem econômica do Capitalismo, com o fim da Guerra Fria, uma cultura estadunidense de consumismo e imediatismo é passada para a população brasileira em massa. Entretanto, diferentemente dos países desenvolvidos, o Brasil não possui educação financeira como grade desde o ensino básico, prejudicando as futuras gerações e resultando em adversidades para tais, como acúmulo de dívidas, ausência de poupança e outros problemas estruturais. Em uma pesquisa realizada pela instituição SPC Brasil, é levantado um dado que mostra que quatro em cada dez entrevistados admitem realizar compras por impulso em momentos de ansiedade e tristeza. Esse fato prova que a cultura consumista está definitivamente imposta no Brasil, e com a condição de educação financeira que o governo deixa de oferecer nas escolas, a população cada vez mais pode afundar-se nos altos juros, desconhecimento sobre investimento, empréstimos e compras desnecessárias, o que provoca a manutenção da desigualdade social no país, que já é uma das maiores do mundo, segundo a ONU. A omissão do Estado é determinante para a falta de conhecimento econômico da sociedade. Medidas que comprovam isso é a criação do FGTS: um Fundo de Garantia do Trabalhador que retira uma parte do salário do contribuinte para poupança, com a justificativa de que caso ele seja demitido, poderá usufruir desse dinheiro. Todavia, esse dinheiro poderia ir diretamente ao trabalhador pelo salário e, com o conhecimento financeiro adquirido, ele aplicaria em investimentos próprios. É de extrema necessidade que entre em pauta na câmara dos deputados a inserção de uma matéria que seja exclusivamente pautada na educação econômica desde o ensino fundamental I, para que formem cidadãos conscientes sobre investimentos, poupanças, juros, crédito, imposto e etc. Paralelamente a isto, o Ministério da Educação deve investir em propagandas midiáticas e palestras que mostrem o quão prejudicial pode ser o gasto exacerbado e não planejado.