No que se refere a educação financeira no Brasil, pode-se perceber que ela é deficiente. A inadimplência, principalmente entre os jovens aumentou significativamente em consonância com a maior facilidade de crédito e com a falta de educação financeira que grande parte da população enfrenta. Nesse sentido, é perceptível que o país enfrenta um desafio. Segundo o Serasa Experiam, em 2014, 35 milhões de pessoas, o equivalente a 24% da população, estavam inadimplentes e que desse total, a maioria eram de jovens adultos da periferia, ou seja, 23% dos jovens. Vale também salientar que os jovens são mais impulsivos, o que contribui para o endividamento, visto que estão acostumados a não se planejarem para adquirir novas dívidas. Além disso, a falta de uma educação financeira desde a infância, é um dos fatores que contribui para o endividamento. Quando a família não ensina a criança a gerenciar as suas contas, dificilmente ela irá aprender em outro lugar, como por exemplo, na escola, fazendo com que a criança se desenvolva sem saber administrar/poupar o seu dinheiro. Somado a isso, podemos dizer que a mesada tem um papel fundamental no aprendizado que é gerir as finanças, aos poucos, vai dando autonomia e responsabilidades para a criança, fazendo com que ela vá aprendendo com o auxílio dos pais. Sendo assim, se faz necessário que os pais aprendam a importância de educar financeiramente os seus filhos, para que futuramente saibam controlar os gastos, planejando-os; trabalhar a ansiedade desde pequenos também é importante, tendo em vista que as compras muitas vezes são realizadas por impulso e também, se possível, a comunidade conversar com as escolas para que o tema seja discutido nas aulas.