Educação financeira não consiste somente em poupar dinheiro, evitar gastos. É mais que isso, pois através de um bom planejamento é possível ter uma melhoria na vida atual, sem a necessidade de passar horas fazendo cálculos e horas extras de trabalho para pagar as contas que foram feitas sem nenhuma programação. Há uma fábula que conta a seguinte história. A formiga trabalha muito no verão para ter alimento estocado no inverno, enquanto a cigarra passa a maior parte do tempo cantando sem se preocupar em guardar o seu sustento, por consequência, não tem alimento no inverno. As crianças estão acostumadas a ouvir esse tipo de conto, sempre com a famosa frase no final “moral da história”, mas quando chega a fase adulta, o ensinamento simples passado através de contos são esquecidos. Metaforicamente, as pessoas estão acostumadas a agir como uma cigarra, preocupando-se somente com o presente, fazendo gastos em cartões de créditos, empréstimos, criando cada vez mais dívidas. Segundo dados da SPC Brasil (Serviços de Proteção ao Crédito), 85% da população faz compras sem nenhum tipo de planejamento. No Brasil não há um ensinamento primário de como se gastar ou poupar o dinheiro de maneira controlada, e o resultado disso é 58,7 milhões de pessoas somente no Brasil, estão com o CPF inativo e impossibilitadas de realizarem novas compras, dados revelados pelo jornal Estadão. Portanto, para melhoria da educação financeira será necessário a ajuda do Estado e da população. Implantação do ensino econômico como matéria obrigatória nas escolas de rede pública e particular, assim como, os pais incentivando os filhos administrarem a mesada, para comprar o sonhado brinquedo, roupa, etc. Ensinar as crianças é a única maneira de ter certeza que no futuro o país irá melhorar os índices de pessoas com o CPF inativo.