Título da redação:

Manifesto

Tema de redação: A deficiente educação financeira no Brasil

Redação enviada em 12/09/2017

No decorrer das últimas décadas o povo brasileiro vivenciou um desenvolvimento nacional que proporcionou, sobretudo, o aumento salarial médio da população. Nesse contexto, surgiu uma nova classe média com maior potencial de compra. No entanto, a educação financeira no país não acompanhou tal desenvolvimento, dificultando o aproveitamento pleno da situação financeira atual. Assim, os fatores que exercem maior influência na conjuntura da educação financeira brasileira são: o aparente desinteresse governamental e a falta de discussões acerca do tema. No Brasil, a medida que mais se aproximou das questões de educação financeira foi a implementação do empreendedorismo no ensino da rede pública, sendo, porém, facultativo em muitos estados. Desse modo, faz-se presente a aparente falta de interesse dos setores governamentais em relação ao desenvolvimento efetivo, saudável e pleno, proporcionado por uma educação financeira de qualidade. Ainda assim, é possível relacionar questões de saúde pública como: depressão, baixa autoestima, estresse e hipertensão, com problemas financeiros que são, comumente, vivenciados pela população brasileira. Dessarte, a necessidade de participação governamental cresce em grau de importância. Não obstante, de acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), cerca de 85% da população brasileira realiza compras sem planejamento e avaliações prévias. Dessa forma, esse dado evidencia a ausência de discussões voltadas às questões de planejamento financeiro na sociedade brasileira. Nesse cenário, é natural o crescimento de endividamentos públicos e, consequentemente, uma redução do poder aquisitivo da população brasileira que, por ser um problema de abrangência nacional, resulta numa desaceleração e, possivelmente, uma retração do desenvolvimento socioeconômico do país. Isto posto, torna-se perceptível a relação entre uma educação financeira deficitária e outras mazelas que afetam a sociedade brasileira. Sendo assim, cabe ao Poder Legislativo institucionalizar a obrigatoriedade da educação financeira no Brasil, de modo a torná-la direito do cidadão e reforçar sua importância perante a sociedade; ao Poder Executivo cabe a formulação e execução de palestras referentes à importância de uma gestão responsável do próprio dinheiro e, também, a execução de oficinas de planejamento financeiro que deverão ocorrer em escolas e nas comunidades em que as escolas estão inclusas, tendo como finalidade educar o povo brasileiro de modo a garantir melhorias na qualidade de vida pessoal e, ainda, garantir um maior desenvolvimento socioeconômico nacional.