O analfabetismo financeiro brasileiro não é um problema atual. Uma pesquisa sobre educação de finanças feita em 2014 mostra que o Brasil ficou atrás de 66 países, incluindo alguns como Togo e Zimbábue. A facilidade em conseguir cheques e cartões de crédito gera um espírito consumista cada vez mais presente no país. Ao entrar em alguma loja, é usual a presença de pessoas oferecendo ótimas condições de pagamento para clientes que fizerem um cartão e para isso é necessário apenas um documento com foto. Além disso, ao ligar a televisão, computador ou somente caminhar pelas ruas, se vê uma publicidade exacerbada que transforma um objeto corriqueiro em um produto indispensável. Também é notório lembrar que muitos cidadãos não pensam em longo prazo. Como assim? A maioria das pessoas, principalmente as das classes mais baixas, compra pensando no valor mensal que irá pagar e não no total, incluindo juros e taxas. A falta de conhecimento é outro fator que impede a melhoria da educação financeira. Poucos brasileiros tiveram ou têm instrução monetária desde a infância e por isso crescem adultos impulsivos e inconsequentes na hora de compra. Isso mostra o que Pitágoras queria explicar ao dizer “eduquem as crianças e não será necessário castigar o homem”. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Se as empresas diminuíssem a opção de números de parcelas, as pessoas iriam comprar somente o necessário quando tivessem o dinheiro para pagar. Outra forma de solução seriam palestras feitas em escolas pelo MEC (Ministério da Educação) juntamente com profissionais da área financeira com intuito de educar crianças e pais, mostrando maneiras de administrar corretamente o dinheiro visto que “o ser humano é aquilo que a educação faz dele”- Immanuel Kant.