De grande crescimento na economia ao período atual de recessão que o Brasil vive, saber lidar com o dinheiro é fundamental, contudo, a educação financeira dos brasileiros deixa a desejar. Aprender a administrar melhor os recursos e planejar gastos são fatores que podem inclusive ajudar o país nestes tempos de crise. O Governo para estimular o aquecimento da economia, de maneira feroz incentivou o consumo. Diante deste cenário, o mercado passou a conceder linhas de crédito cada vez maiores. Com isso, muitas pessoas de classes mais baixas tiveram acesso aos bens de consumo. Se por um lado foi positivo, pois além de girar a máquina capitalista e aquecer a economia, por outro não foi nada bom. Carros puderam ser financiados em até 72 meses, muitas pessoas seduzidas com o consumo compraram sem se preocupar com uma responsabilidade de 5 anos de prestações, nem tampouco houve a preocupação de que além da prestação o carro incumbe outros gastos. Outrossim, é válido salientar que grande parte da população não planeja momentos mais difíceis e não fazem reserva. Desta maneira, se houver qualquer imprevisto no orçamento, é possível que a família inteira seja impactada no ponto de vista econômico. Jean de La Fontaine, em sua fábula "A formiga e o gafanhoto" do século 19 já demonstrava a importância de planejamento. Portanto, para que a educação financeira do brasileiro possa passar para um patamar mais maduro é preciso que ela comece desde cedo. Os pais que podem dar mesada para seus filhos devem criar mecanismos que os filhos possam controlar seus gastos, como caderninho de anotações. Inclusive se o filho gastar a mais, que seja liberado um crédito extra na mesada como uma analogia de cheque especial, incorrendo juros, para que os pequenos aprendam as consequências dos gastos acima dos limites. Por outro lado, o Governo Federal deve incluir nos currículos escolares disciplinas voltadas para um amadurecimento do controle financeiro nas escolas. A mídia, por sua vez, pode adotar campanhas desestimulando o consumo desnecessário, pois além de fazer o bem para o bolso de todos, contribui para o meio ambiente, de forma a gerar menos lixo, menos descarte, menos plásticos no planeta.