Título da redação:

Dívida educacional

Tema de redação: A deficiente educação financeira no Brasil

Redação enviada em 05/10/2016

Ao longo do tempo, por meio de políticas de Bem Estar Social, os Estados adotaram o estímulo ao consumismo. De fato, com o gradativo acesso ao crédito e aos padrões de consumo midiáticos, o poder de compra do consumidor aumentou e, com isso, a gestão econômica passou a ser necessária. Sob essa perspectiva, em um país onde não há a cultura da educação da renda, a consciência financeira torna-se deficitária e pode potencializar a ocorrência de endividamentos, frustrações e a iminência de crises econômicas. A priori, a frustração frente aos padrões de consumo impostos pela própria sociedade é agente direto nos endividamentos. Isso ocorre em virtude da busca pelo prazer imediato de adquirir um produto ou para exibir um estilo de vida que, muitas vezes, não condiz com a própria renda. Nesse contexto, em meio a uma sociedade materialista, o consumidor adquire dívidas e prejuízos econômicos para obter um bem que lhe dê satisfação. Assim, a desilusão frente a necessidade de artigos de consumo, aliado à fraca educação financeira, faz com que o indivíduo enfrente cenários de frustração pessoal e econômica. Ademais, a falta de planejamento é fator preponderante para a iminência de crises econômicas pessoais e, inclusive, nacionais. Isso ocorre porque a ignorância acerca do estudo da economia faz com que o consumidor realize compras e faça investimentos de maneira desordenada. Nesse viés, a falta de planejamento, controle e investimentos reflete uma dinâmica de instabilidade econômica pessoal que, se ocorrida em massa, interfere na economia nacional. Com isso, torna-se árdua a tarefa de lidar com as crises financeiras gerais. Porquanto, verifica-se que a falta de uma educação econômica no Brasil reflete diretamente na instabilidade pessoal e nacional. São necessários, nesse sentido, ações por parte do governo, como o controle da veiculação de propagandas, a fim de delimitar o caráter persuasivo existente hoje nas divulgações constumistas. Faz-se exigente, também, a inserção do estudo financeiro nas grades curriculares escolares, a fim de fomentar no indivíduo, desde a infância, a consciência e preparo para lidar com o capital. Assim, talvez, a harmonia econômica possa, enfim, ser alcançada e preservada.