Título da redação:

Disciplina financeira inexistente

Proposta: A deficiente educação financeira no Brasil

Redação enviada em 22/09/2016

A educação muda as pessoas. É o que diz o educador, Paulo Freire. Indubitavelmente, a educação também interfere em todo o contexto social de um país. Destarte, a falta de orientação sobre como gerir seus rendimentos afeta a sociedade, pois gera cidadãos irresponsáveis e leigos no tocante da administração de suas finanças. 85% da população admite fazer compras sem planejamento, um dado que culminará em dívidas bancárias e inadimplência. Os órgãos de proteção ao crédito barrarão o CPF do devedor, que não poderá comprar mais pelo cartão e consequentemente atrapalhará o movimento do mercado brasileiro, fundamental para a saúde da economia. Um devedor fazendo mais compras pode parecer uma relação paradoxal, mas o erro não está nas compras e sim na falta de educação financeira, já que ela obscurece a visão do cidadão sobre as consequências da irresponsabilidade com seus rendimentos. Ademais, muitos dos cidadãos brasileiros têm a falsa sensação de que uma compra parcelada sairá mais barata, pois se atentam ao valor da parcela e muitas vezes esquecem-se do valor total. A conta que parecia pequena irá aumentar muito por causa dos altos juros atuais. Denotando que juros e impostos abusivos é um empecilho na saúde financeira das famílias. Para solucionar a deficiente educação financeira no Brasil, é necessário um investimento nesse tipo de educação desde a infância. O MEC deverá implantar a disciplina econômica desde a pré-escola com jogos interativos até no ensino médio, explicando as consequências da irresponsabilidade financeira e apontando novos rumos, como investimentos precipuamente aos gastos. O IOF é um imposto que visa a controlar o empréstimo de dinheiro para conter a inflação. Entretanto, o IOF é aplicado na divisão em parcelas das dívidas e crédito rotativo, o que pesa nas parcelas e contribui para a dificuldade do acerto das dívidas. O Ministério da Fazenda deve executar um plano para que em caso de negociação de dívidas o IOF seja retirado, a fim de que o inadimplente possa se recuperar, não podendo ele ser beneficiado uma segunda vez com esse programa, para evitar que o desconto do IOF seja algo rotineiro e planejado.