Título da redação:

Crise sobretudo familiar

Tema de redação: A deficiente educação financeira no Brasil

Redação enviada em 25/09/2016

É notória a existência de uma crise financeira que assola o Brasil desde meados do ano de 2015. Tal crise atinge o país em nível internacional, favorecendo o déficit da balança comercial e a desvalorização da moeda brasileira. E também em um patamar mais interno, desequilibrando o orçamento de demasiadas famílias, que, por não possuírem um controle efetivo dos seus gastos e finanças, acabam fazendo dívidas que vão além de suas condições financeiras. A dificuldade econômica pela qual o Brasil está passando leva a população a buscar suas economias resguardadas e poupadas. Porém, são poucas as famílias que possuem essa solução temporária, já que a maioria dos brasileiros não possui o hábito do planejamento e do investimento seguro. Aquisições são feitas sem planejamento antecipado e os investimentos, quando existem, variam entre poupanças bancárias e negócios suspeitos, este último promete uma rentabilidade muito acima da oferecida por bancos, por exemplo. Logo, observa-se um crescente endividamento dos indivíduos e o início de um pré-encaminhamento salarial, que acontece quando o salário ainda não foi recebido, mas este já possui um destino certo, não restando um saldo positivo satisfatório durante o mês. Ademais, é possível afirmar que o modo de produção capitalista, que requer sempre a existência da relação compra/venda, influencia estupidamente na deficiência da organização financeira. Pois a vontade de adquirir produtos supérfluos torna-se ‘viável’, por exemplo, quando se é portador de um cartão de crédito, que apresenta um benefício aparente a curto prazo e taxas de juros exorbitantes a longo prazo, gerando assim uma crescente “bola de neve” de dívidas. Além disso, no momento em que se trata de crianças negar se torna uma tarefa árdua, visto que os pequenos pouco têm noção de economia, e o gasto feito pelos pais não é visto como um problema. Destarte, para que observe-se uma mudança acerca da dificuldade do brasileiro de lidar com sua própria economia, é preciso que haja, em todas as famílias e empresas, um planejamento econômico real. Para isso, o Governo e bancos particulares devem demonstrar a importância e as instruções de como fazer um delineamento financeiro e investimentos, exibindo-os em meios de comunicação populares, como rádio e televisão. Mas ainda, os bancos podem também apresentar incentivos e vantagens para a realização de aplicações. Também, é fundamental que pais e escolas trabalhem em conjunto a fim de conscientizar as crianças desde cedo, para que cresçam sabendo lidar com o seu e com o dinheiro alheio, através da instituição, pelos pais, de mesadas e do uso de cofrinhos, e de dinâmicas que remontem transações comerciais, nas escolas.