São indiscutíveis os diversos benefícios adquiridos por meio da realização de um orçamento familiar de forma adequada. Entretanto, o Brasil, como uma antiga colônia de exploração que acabou com a escravidão apenas para consumir o excedente das mercadorias europeias, termina tratando o consumo conquistado no governo de JK como sinal de desenvolvimento e qualidade de vida. Em vista disso, a população têm apresentado elevados índices de dívidas ocasionadas pela deficiente educação financeira no país. Atualmente, empresas mostram mercadorias aos consumidores como solucionadoras de angústias e aflições. Desta maneira, englobando as diferentes classes nas suas peculiaridades, como também na convergência da busca pela satisfação pessoal, assim, por intermédio de campanhas publicitárias orientam a população aos desejos capitalistas, emergindo a ostentação como negação da realidade dos locais marginalizados. Por consequência, a grande maioria dos brasileiros não se afasta dos sentidos para realizar a reeducação financeira, precisando refletir o que Sócrates afirmava “conhece-te a ti mesmo”. Ademais, o sistema publicitário origina ídolos e promoções como formas para estimular o impulso para o consumo inconsciente, gerando famílias endividadas e sem plano financeiro emergencial. Desta forma, a oniomania, caracterizada pela compulsão por compras transforma o que no século XIX era a busca por conforto em descontrole do luxo e problemas na economia interna. Como também, quando ocorre uma crise financeira na escala de 1929 nos Estados Unidos, que afetou mundialmente, ou até mesmo a atual instabilidade no Brasil, como resultado o caos se instala a partir da fome gerada pelo desemprego conjuntural. Portanto, a educação financeira está conflitante com os interesses das empresas movedoras de grandes capitais que estimulam a compulsão do consumo. Sendo necessário que o Conselho nacional de Autorregulamentação Publicitária limite o que for exposto nas propagandas televisivas, principalmente nos horários destinados ao público infantil. Além disso, o governo federal deve determinar a execução de uma matéria destinada a ensinar como administrar o dinheiro corretamente. Assim, juntamente com as famílias criando cidadãos capazes de gerenciar suas vidas e adquirir estabilidade.