Após o Plano Real, o Brasil vivenciou reformas econômicas que trouxeram mais poder aquisitivo para as classes C e D. Nesse sentido, observa-se que essas melhoras não vieram acrescidas de educação financeira, resultando em adultos que não sabem administrar seu dinheiro. Esse problema é resultado de um currículo escolar que não contempla áreas do saber necessárias para o exercício da vida adulta, originando diversas patologias do capitalismo na sociedade brasileira. Sem dúvidas, uma das raízes do problema está na educação. As escolas deveriam ser responsáveis por orientar as crianças sobre como serem cidadãos conscientes sobre economia. Entretanto, a nação brasileira possui um defasado sistema educacional que não consegue democratizar esses conhecimentos de finanças, produzindo uma leva de sujeitos "analfabetos" em economia. Logo, para atenuar essa questão, uma reestruturação no currículo educacional nacional deverá ser promovida, estimulando a educação financeira desde a infância. Ademais, é consequência disso vários males do capitalismo. O consumismo desenfreado, por exemplo, é derivado da incapacidade do consumidor de separar o que é necessário para si e o que é supérfluo. Também, vale ressaltar que a existência de pirâmides, sistemas de enriquecimento ilegal, no Brasil, só persiste porque existe uma massa de pessoas que são facilmente cooptadas devido à sua carência de conhecimento financeiro. Entende-se, então, que essa deficiência está relacionada com a educação brasileira, e que ela aflora outros problemas na sociedade tupiniquim. A fim de minimizar essa questão, torna-se necessário medidas por parte da sociedade civil e do governo, como a criação do hábito, por parte de cada indivíduo, de procurar entender os conceitos básicos que norteiam essa disciplina, como também, a criação de campanhas publicitárias que provoquem a reflexão do cidadão sobre suas atitudes consumistas. Afinal, somente com educação poderá ser criada uma sociedade de indivíduos capazes de gerenciar suas finanças.