Título da redação:

A falência da racionalidade econômica

Proposta: A deficiente educação financeira no Brasil

Redação enviada em 24/09/2016

Após a Primeira Revolução Industrial e a consolidação do capitalismo nos principais países do ocidente criou-se, em âmbito geral, uma alta dependência irracional a sistemas de créditos e financiamentos, os quais foram percursores de diversas crises. Contudo, este quadro de problemas se agrava ainda mais em territórios como o Brasil, onde há uma crescente desvalorização financeira e educacional. Entretanto, é um erro factual atribuir toda a culpa dessa ineficiência socioestrutural à apenas um agente, devendo sempre analisar os dois lados. Primeiramente, é de extrema importância ressaltar que o já citado sistema desenvolvimentista/capitalista e as irresponsabilidades do Governo são os principais agentes da situação brasileira. Isso se deve, pois as manobras das administrações passadas –e da atual- de incentivo a compra, diminuição de taxas de juros e empréstimos externos resultaram em dívidas significantes para o país, além de contribuírem erroneamente para a formação de uma sociedade irracional; seja em gastos, seja em ética. Sabendo disso, deve-se entender como a cultura do consumo -desenvolvida pelos problemas colocados acima- contribuiu para a falência da educação financeira pela qual passamos. Em primeira análise, a dificuldade do aprendizado com relação à moeda no Brasil pode ser atribuída ao fato da população não conseguir aprender –reflexo do consumismo- o porquê da valorização sistemática da relação poupança-ganho/gasto. Em segunda análise, a glorificação do mercado em nossa sociedade retira das pessoas –em principal das classes C e D- a racionalidade crucial para uma percepção mais humanizada da vida, avançando assim nosso planeta como meio ecológico. Sendo assim, as autoridades necessitam –em conjunto com as comunidades- reverter esse quadro de problemas financeiros que muitas famílias e empresas passam. Para isso, o Governo Federal deve estabelecer um “teto” para seus gastos públicos contribuindo apenas para o necessário –saúde, educação e políticas de ações afirmativas-, além de passar nas televisões propagandas sinalizadoras da importância racional na economia, visto que boa parte das classes sociais assistem esse tipo de rede comunicativa. Em longo prazo, o mesmo órgão –junto ao MEC- deve distribuir para as escolas públicas e particulares materiais didáticos extracurriculares que demonstrem aos jovens a necessidade atual de moldar um cidadão crítico em relações monetárias, além de disponibilizar palestras com pessoas da área para somar em conhecimento aos alunos.