Título da redação:

A ausência da educação financeira

Proposta: A deficiente educação financeira no Brasil

Redação enviada em 26/09/2016

Em 1920, o italiano Charles Ponzi criou um sistema fraudulento, conhecido como "esquema de pirâmide", em que consistia em uma oferta milagrosa onde o investidor ganhava muito dinheiro em pouco tempo, através do pagamento dos investidores posteriores. Logo Ponzi foi preso, embora seu método continue a inspirar outros enganadores. Ainda hoje, ganhar dinheiro é visto como uma oportunidade para poucos, dependente da sorte e do destino, e, assim, grande parte da população não tem o mínimo conhecimento financeiro. Essa deficiente educação financeira pode ser vista no Brasil. Cerca de 85% dos brasileiros fazem compras sem planejamento, segundo o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), ou seja, os gastos são descontrolados, gerando dívidas ao consumidor. Dados estimados pelo SERADA, empresa de análise de crédito, apontam que cerca de 24% dos brasileiros se encontram em inadimplência. O número é ainda maior entre pessoas com idades de 18 a 30 anos. Essas dívidas entre a população mais jovem podem ser explicadas pelo alto consumo e falta de experiência. O consumismo exacerbado é praticado para se manter um status, construindo uma imagem boa para pertencer a um grupo determinado, condição extremamente importante no mundo jovem. Quanto à falta de experiência, os compradores ainda não estão acostumados ao mercado, além de não terem conhecimento técnico sobre finanças. Em relação à ausência de instrução, grande parte da culpa pertence ao sistema educacional brasileiro. Diferente de outros países, o Brasil não apresenta nenhum curso sobre o assunto para os alunos de ensino fundamental e médio. Caso o indivíduo queira aprender sobre, terá que procurar faculdades ou escolas específicas. Diante de toda essa carência educacional, medidas devem ser tomadas. O Ministério da Educação deve oferecer uma grade obrigatória de economia para os ensinos fundamental e médio, ademais, aulas de sociologia que discutam sobre consumismo e suas consequências. Além disso, incentivar cursos abertos de investimento dados pela Bolsa de Valores.