Título da redação:

História, cultura e superação.

Tema de redação: A cultura de estupro no Brasil

Redação enviada em 21/06/2016

A história é o principal elemento para conhecer a gênese da submissão feminina e sua objetificação. Assim sendo, a construção da sociedade moderna ainda apresenta valores de épocas longínquas, por exemplo, a Grécia antiga, onde a função da mulher começava e terminava na reprodução. Nesse sentido, o mundo contemporâneo assimilou diversos padrões de comportamento anacrônicos – de todas as épocas – e nunca enfatizou a necessidade do debate a respeito da condição feminina, o que possibilitou a abertura de novos horizontes que intensificaram os abusos e estereótipos. O feminismo – corrente ideológica que busca a emancipação feminina – é recente, ganhou maior visibilidade no século XX, algumas de suas conquistas, como o direito ao voto (1932 no Brasil) não datam um século, logo é perceptível que as mulheres ainda estão presas a uma pseudo-moral machista advindas de sociedade patriarcais, ou gentílicas, como foi visto na Grécia antiga. Assim se afirmou a civilização, hoje os reflexos são o machismo, veiculado em conjunto com uma (i)lógica que expõe a mulher como uma mercadoria, esses fatores culminaram na cultura do estupro. Ademais, a cultura do estupro não está presente apenas nas atitudes, isto é, no assobio, cantada, assédio, e na própria prática do estupro, mas também nos meios de comunicação, músicas, filmes, que corroboram em perpetuar a figura da mulher como um objeto sexual e assim potencializando os abusos. Vis-á-vis a tamanha complexidade intervenções precisam ser feitas. Desse modo é necessário institucionalizar o estudo de gênero nas escolas, onde desde o início se crie um espaço de conscientização sobre a luta feminina, visando romper paradigmas e estabelecer uma nova relação entre homem, mulher e sociedade. Além disso, concretizar a punição aos agressores, criando um órgão na esfera civil que as mulheres sejam responsáveis por julgar e conduzir os processos, bem como transformar os ambientes de denuncia em espaços acolhedores que não recriminem a vítima, pois assim será possível ver alguma efetividade no combate ao assédio e as injúrias sociais.